Entenda o que é Compulsão Alimentar e o seu tratamento

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado por episódios recorrentes e descontrolados de ingestão excessiva de alimentos, mesmo quando não há fome. Esses episódios são acompanhados por uma sensação intensa de perda de controle, sendo difícil interromper ou controlar a quantidade de comida consumida.

A compulsão alimentar é uma condição complexa e multifatorial, influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais e está associada a disfunções nos sistemas de recompensa e regulação emocional do cérebro. Estudos têm demonstrado que alterações na atividade cerebral e na conectividade entre regiões cerebrais podem contribuir para a vulnerabilidade à compulsão alimentar. O sistema de recompensa, envolvendo neurotransmissores como dopamina, desempenha um papel fundamental na busca por alimentos palatáveis e caloricamente densos, resultando em uma sensação de prazer. Essa busca por recompensa pode levar a comportamentos compulsivos e dificuldade em resistir aos alimentos desencadeantes.

Além disso, a compulsão alimentar está relacionada à regulação emocional. Muitas vezes, a comida é usada como uma forma de lidar com emoções negativas, como ansiedade, estresse, tristeza ou tédio. Esses episódios compulsivos podem funcionar como uma estratégia de enfrentamento para aliviar temporariamente o desconforto emocional.

No entanto, após a ingestão excessiva de alimentos, surgem sentimentos de culpa, vergonha e arrependimento, intensificando o ciclo da compulsão alimentar.

Tratamento
O tratamento da compulsão alimentar envolve uma abordagem multidimensional, considerando fatores biológicos, psicológicos e sociais. A terapia cognitivo-comportamental é amplamente utilizada e demonstra eficácia no tratamento da compulsão alimentar.

A TCC busca identificar e modificar padrões de pensamento disfuncionais e crenças negativas relacionadas à comida, ao corpo e às emoções. Através de técnicas como registro alimentar, reestruturação cognitiva e prevenção de recaídas, os indivíduos aprendem a reconhecer gatilhos, desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis e promover mudanças comportamentais duradouras.

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